quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Tinta invisível usa bactérias modificadas


São Paulo- Bactérias geneticamente modificadas foram usadas para criar uma espécie de tinta invisível, capaz de transmitir mensagens secretas.

O método consiste em criar micróbios que brilhem em diferentes cores fluorescentes ao serem expostos a antibióticos. Eles podem ser “impressos” em papel e enviados a um receptor, que usaria o antibiótico correto e LEDs para ler o conteúdo da mensagem.

A técnica, chamada de InfoBiology, foi desenvolvida por Manuel Palacios, da Tufts University, nos Estados Unidos, e publicada na Proceedings of the National Academy of Sciences. Ela consiste em modificar a Escherichia coli com proteínas fluorescentes. No caso, sete tipos de bactéria E. Coli passaram a brilhar em cores diferentes na presença de luz.

As bactérias são então criadas em sequencias pré-selecionadas de pares de pontos. Cada par de cores diferentes representa uma letra ou outro símbolo, como um dígito numérico. Por exemplo, dois pontos vermelhos indicam a letra “b”; um amarelo e um verde equivalem a “2”.

Esses pares podem ser então impressos em uma folha de nitrocelulose e enviados pelo correio. Do outro lado, o receptor só precisa fazer a colônia de bactérias crescer, embeber o antibiótico correto e colocá-la sob a luz.

As bactérias podem ser programadas para só revelar a cor após um período de tempo, ou para se autodestruir após certo período. Elas também podem brilhar de forma diferente com diferentes antibióticos, o que significa que apenas quem souber qual o correto leria a mensagem,

Embora enviar cartas cifradas pareça uma forma divertida de usar a tecnologia, as bactérias, na verdade, teriam outro propósito. Elas ajudam a desenvolver maneiras de colocar uma espécie de “marca d’água” em organismos geneticamente modificados, uma forma mais segura de controlar animais e plantas alterados em laboratório.

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