O lançamento de um Nokia com Android parecia improvável, principalmente depois que a finlandesa foi adquirida pela Microsoft. Mas, para a surpresa de muitos, o desejo do público foi atendido e o Nokia X foi exibido MWC 2014. Apesar de básico, o telefone tem tudo para ser um sucesso. Veja como ele se sai nos testes do TechTudo.
A característica inicial mais notável é o inegável design da Nokia. Disponível em seis cores (branco, amarelo, vermelho, verde, azul e preto), o Nokia X mantém a carcaça plástica reta, com as bordas levemente arqueadas e um vidro aparentemente resistente.
Ao menos nesta primeira impressão, o novo Android da Nokia mostrou algum potencial para receber o famoso título de “indestrutível" da marca. De frágil ele aparenta não ter nada.
Por dentro, o Android da Nokia - chamado de “Nokia X Software Platform” - é praticamente irreconhecível, em relação à versão criada pelo Google. Os menus internos, a central de notificações, os aplicativos padrões, e até mesmo a usabilidade geral são completamente diferentes dos smartphones Android atuais. Para falar a verdade, ele é bem parecido com o MeeGo do Nokia N9.
Um exemplo disso é a ausência do menu listado de apps. No Nokia X, a própria Home é usada como organizador dos aplicativos instalados. Porém, a personalização vai além dos ícones, trazendo opções de redimensionamento e “Live Tiles”, de maneira bem semelhante aos seus Windows Phones.
Já o multitarefa traz mais lembranças do MeeGo: na tela principal, faça um movimento da esquerda para a direita para ver os atalhos dos aplicativos abertos recentemente. Para fechar um app, basta apertar o botão de voltar algumas vezes.
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Nos aplicativos padrão, muitas mudanças: o Chrome e o “Internet" foram substituídos pelo “Nokia browser” e o Opera mini, assim como o Google Maps foi trocado pelo Here Maps. Não há Drive, Google+, Google Play, nem sequer um campo de buscas que use o Google como servidor padrão. Até a Calculadora e a Câmera foram modificadas, com design inspirado no WP8.
Na loja de aplicativos, a Nokia oferece uma solução limitada, mas contorna isso de outras formas. A loja padrão tem apps de parceiros como o Line, a Rovio e seu Angry Birds, e o Opera, porém faltam apps como o WhatsApp e os jogos da Gameloft.
Para contornar isso, a solução - sugerida, inclusive, como primeira opção ao procurar apps ausentes - é baixar outras lojas de aplicativos, como o “1 mobile market”. Nele, foi possível achar desde o Asphalt 8 ao cotado (e finado) Flappy Birds.
Falando agora sobre a performance geral, seu desempenho lembra bastante os antigos smarts com Symbian: a resposta ao toque é um pouco lenta e os aplicativos demoram alguns segundos a mais que o normal para rodar. Nos games, é possível ver alguns engasgos, mas nada que o impeça de jogar (apenas não será tão fluido).
No caso específico do Nokia X, a tela de 4 polegadas tem um tamanho confortável, mantendo-se ainda compacto. Mas quem preferir telefones maiores pode pensar no Nokia XL, que nada mais é o Nokia X+ com uma tela de 5 polegadas, uma câmera traseira melhor, de 5 megapixels (em vez da 3 MP do original), e uma câmera frontal de 2 MP para videochamadas (esta ausente nos Nokias X e X+).
Por fim: pelo conjunto da obra, a nova linha “Nokia X” substitui perfeitamente a linha Asha, voltado a um público que ainda está adquirindo seu primeiro smartphone. Porém, quem esperava um telefone top de linha terá que, quem sabe, esperar mais um pouquinho.
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