quinta-feira, 24 de maio de 2012

Facebook tem alta de 3,8% e diminui perdas


São Paulo - As ações do Facebook negociadas na bolsa eletrônica americana, a Nasdaq, tiveram seu primeiro dia de alta após a realização do IPO, na última sexta-feira, 18.
Nesta quarta, os papéis da rede social foram negociados a 31,18 dólares, uma alta de 3.81% em relação ao pregão de ontem, quando os papéis foram vendidos a 30 dólares, uma baixa de 18,4% em relação ao preço de IPO das ações. Para parte dos analistas de Wall Street, o valor de cada papel da rede social deve se estabilizar em torno dos 29 dólares, patamar bem abaixo do definido no IPO da companhia.
Projetar qual será o valor futuro dos papéis do Facebook tem se mostrado uma tarefa ingrata para analistas de mercado. Às vésperas do IPO, algumas corretoras aconselharam seus clientes a comprar os papéis, argumentando que eles teriam valorização provável de 50% logo nos primeiros dias de negociação em bolsa.
Este tipo de alta foi registrada em IPOs recentes de outras companhias de tecnologia. O LinkedIn, por exemplo, teve alta de 100% três dias após a oferta pública de ações. Já o GroupOn anotou valorização de 38% em sua semana de estreia na Nasdaq.
No caso do Facebook, porém, essa curva de valorização não aconteceu. Entre os prováveis motivos da não valorização está o fato da rede social ter oferecido muitas ações a um preço muito elevado. O Facebook ofereceu  460 milhões de papéis. Já o LinkedIN apenas 7,8 milhões de ações.
A rede social profissional optou pelo patamar médio do preço sugerido pelos bancos que a assessoraram no IPO. Já o Facebook optou por oferecê-los pelo teto do preço sugerido, a 38 dólares, dificultando a valorização de suas ações.
Com a baixa dos papéis da rede, alguns acionistas minoritários anunciaram, por meio de um escritório de advocacia, que entrarão na Justiça contra o Facebook. Esse grupo alega que o prospecto apresentado ao mercado não revelava todas as informações relevantes sobre o desempenho da rede social.
O grupo diz que apenas um número privilegiado de grandes investidores teve acesso a dados que demonstram que o crescimento do faturamento do Facebook sofrerá desaceleração nos próximos trimestres.
Isso ocorreria em função de uma mudança de comportamento dos usuários da rede social. Cada vez mais parte dos 900 milhões de usuários da rede migram para smartphones e tablets, ao invés de usarem o PC tradicional. Nestas novas plataformas, porém, o Facebook tem mais dificuldade em vender publicidade, o que afeta seu faturamento.
No primeiro trimestre e 2012, o Facebook faturou US$ 1 bilhão, alta de 45% sobre igual período de 2011. O Facebook não comentou as declarações desse grupo de minoritários.

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